Oito mulheres e um homem foram
sentenciados à morte por apedrejamento no Irã depois de terem sido condenados
por adultério e outras condutas de natureza sexual consideradas crime no
país, segundo informações da advogada e ativista de direitos humanos iraniana
Shadi Sadr.
"Os vereditos foram aprovados e
eles podem ser executados a qualquer momento", disse Sadr, da Rede de
Advogados Voluntários, que representa as mulheres no caso.
Os advogados de defesa fizeram um
apelo ao chefe do Judiciário do Irã, aiatolá Mahmoud Hashemi Shahroudi, para
impedir que as sentenças sejam cumpridas.
Shahroudi impôs uma moratória nos
apedrejamentos em 2002, mas há relatos de que pelo menos três pessoas teriam
sido mortas dessa maneira desde então.
A última morte por apedrejamento
oficialmente registrada no Irã provocou críticas de organizações de defesa
dos direitos humanos e da União Européia.
As oito mulheres sentenciadas, com
idades entre 27 e 43 anos, haviam sido condenadas por prostituição, incesto e
adultério, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.
O homem, um professor de música de 50
anos, foi condenado por ter relações sexuais com uma estudante.
No sistema de lei islâmico aplicado
pelo Irã, o adultério é punido com morte por apedrejamento.
Em teoria a morte por apedrejamento
se aplica a homens e mulheres, mas as advogadas dizem que na prática muito
mais mulheres do que homens recebem a punição porque em geral são menos
instruídas e mal representadas nos tribunais.
Sob o código penal iraniano, homens
condenados por adultério devem ser enterrados até a cintura antes de ser
apedrejados. As mulheres são enterradas até a altura do peito. As pedras não
devem ser grandes o suficiente para matar a pessoa de forma instantânea.
Sadr pediu apoio à comunidade
internacional na sua campanha e disse já ter recebido apoio de organizações
de direitos humanos.
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Com informações da BBC/Brasil
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